top of page

Pelotas, a cidade do doce!


É sabido que a origem dos doces de Pelotas vem da imigração portuguesa no início do século XIX, chegando em Pelotas por volta de 1860. A partir dessa década, as charqueadas se tornam o grande destaque de investimento e o período mais aristocrático da história da cidade se inicia no Rio Grande do Sul.

Portugal era sede de intensa produção de doces e o constante contato pelotense com o país europeu através da exportação de charque, dentre tantas práticas adotadas, catalisou a produção de doces em Pelotas, quando as mulheres buscavam por hábitos mais caseiros numa sociedade que prezava por suas regras de etiqueta rigorosas.

Mas não foi até o fim da escravidão, quando as charqueadas pelotenses entraram em declínio pelo crescimento de concorrência no estado do RS, que os doces de Pelotas receberam maior atenção nacional. Até os dias atuais, muitas receitas portuguesas são utilizadas na produção de doces da cidade, mas foram as transformações e criações locais que agregaram valor aos produtos e fizeram o nome da Cidade do Doce!

 

E como a engenharia e o controle de qualidade entram nessa história?


Um dos grandes desafios nessa indústria é oferecer produtos padronizados, pois a falta de padronização interfere diretamente na qualidade. Por se tratar de alimentos, alterações que não estão de acordo com os indicadores padrões de qualidade podem levar ao descarte, por conter risco à saúde do consumidor. O ideal é que os produtos apresentem mesmo sabor, textura e cor em cada compra do cliente. Então, é essencial que se tenha uma preocupação sobre o assunto, para garantir o lucro e a boa reputação da empresa.

Uma boa doceria oferece uma produção que garante tanto a segurança, quanto um padrão de produto final que o consumidor pode comprar novamente e receber o mesmo sabor que o fez retornar em primeiro lugar!

Existem vários métodos e normas de segurança que contribuem para esse resultado, e no caso da padronização dos produtos, também é essencial ter uma ficha técnica de produção que contenha instruções concisas para a fabricação do produto. Mas um dos mais relevantes desses métodos é o 5S.

O 5S é um programa de gestão que trabalha na melhoria contínua e manutenção dela, e pode ser aplicado nos mais diversos ramos empresariais.

Na prática o que o programa faz é tornar o ambiente mais limpo, organizado e com seus materiais bem posicionados, bem como otimizar os processos e garantir o controle da qualidade. Assim é possível proporcionar um ambiente de trabalho mais produtivo, seguro e motivador.

Apesar de ser uma prática simples, barata e prática, quando aplicado, o 5S provou aumentar a qualidade dos produtos, a produtividade da equipe e identificar falhas e pontos de melhoria, além de implementar certificações como a ISO 9001.

A junção no número “5” com a letra “S” vem de cinco palavras japonesas que começam com S:


  1. Seiri (senso de utilização): trata-se de separar o necessário do desnecessário e remover os itens que não são essenciais ao trabalho.

Aqui nos perguntamos:

  • Isso ainda é necessário?

  • Sendo necessário, em que quantidade?


  1. Seiton (senso de organização): é a etapa em que se organiza os itens que são necessários para o trabalho, de modo a deixá-los acessíveis e fáceis de encontrar.

Aqui nos perguntamos:

  • Onde esses itens devem estar?

  • Em que sequência devo dispô-los?


  1. Seiso (senso de limpeza): é a fase em que se faz a limpeza do local de trabalho, removendo sujeira, poeira e outras impurezas.

Aqui nos perguntamos:

  • O que deve ser limpo?

  • Quando deve ser limpo?

  • Quem vai limpar?

  • Como deve ser limpo?


  1. Seiketsu (senso de padronização): esta etapa consiste em estabelecer normas e procedimentos para manter a organização e a limpeza no ambiente de trabalho.

Aqui identificamos locais com placas, garantimos boa iluminação, cuidamos da ergonomia…


  1. Shitsuke (senso de disciplina): trata-se de manter a disciplina e o compromisso com as etapas anteriores do sistema 5S, de modo a garantir a sua continuidade e a sua eficácia.


CURIOSIDADE: Não por acaso, essa ferramenta transformou-se em cultura precisamente no Japão, ainda que por influência de Henry Ford. Conta a história que a Ford usava uma metodologia parecida ao 5S em suas indústrias e, logo após a Segunda Guerra Mundial, representantes da Toyota o adaptaram a suas linhas de produção.


O sistema 5S é amplamente utilizado em empresas, indústrias e organizações em todo o mundo, como uma forma de melhorar a eficiência e a qualidade do trabalho e pode ser aplicado com a ajuda de diversas ferramentas úteis e eficazes. Uma produção organizada por uma metodologia específica tem, comprovadamente, muito mais chances de sucesso e longevidade no mercado. Para ter seu destaque e ser concorrência é fundamental investir na qualidade do produto e evitar perdas na produção. Dados da ABICAB afirmam que a indústria de doces fatura cerca de R$26,4 bilhões e gera mais de 42 mil empregos no Brasil.


 

Gostou do conteúdo? A Equaliza oferece uma consultoria de gestão de qualidade personalizada para o SEU negócio, fundamentada na sua realidade e inspecionada nos mais minuciosos detalhes.

Agende uma reunião sem compromisso com a gente!



Referências


 
 
 

Comments

Couldn’t Load Comments
It looks like there was a technical problem. Try reconnecting or refreshing the page.

Rua Gonçalves Chaves, 3218

Pelotas, RS, CEP: 96.015-560

CNPJ: 40.736.322/0001-18

Contatos:

E-mail: engenhariaequaliza@gmail.com

Telefone: (53) 99194-9474  - Comercial

© 2021 por Equaliza Engenharia.

bottom of page